“Não vivo sem ele”: um olhar sobre a dependência afetiva

Por: Canva

Quem nunca ouviu falar sobre alguém que está em um relacionamento seja amoroso, intímo, de amizade enfim que diz que não sabe viver sem a outra pessoa da relação, que cobra atenção constante e que sofre só de ‘IMAGINAR” que em algum momento essa pessoa possa abandoná-la?

Pois é, conforme estudos a dependência afetiva é considerada uma condição em que a pessoa emite comportamentos de “submissão” nas interações sociais, de passividade diante do outro ao solicitar/cobrar que o mesmo esteja disponível 24 horas por dia para atender as suas necessidades afetivas.  Acontece que quando em algum momento da rotina essa disponibilidade não é possível, a pessoa pode passar a emitir comportamentos de “checagem” de informações para saber aonde essa pessoa está, com quem, etc, gerando estress e sofrimento no relacionamento.

Em casos hipotéticos como estes, as duas partes da relação pode sofrer e muita das vezes rompimentos podem se apresentar acentuando mais ainda o quadro.

Conforme a literatura, hipotetiza-se que uma pessoa que emite comportamentos depentes afetivos possa ter passado em sua vida por experiências invalidantes e de negligência, em que suas necessidade de afeto, carinho, podem não ter sido atendidas ou que foram expressas de maneira “incongruente ou confusa” para uma criança em fase de desenvolvimento.                                      Produzindo um repertório comportamental empobrecido, com pouca variabilidade comportamental, déficts em habilidades sociais e de regulação emocional, repertório importante para as pessoas saberem lidar com questões rotineiras e relacionamentos ao longo da vida.

Assim a busca pelo desenvolvimento de novos repertórios comportamentais (variabilidade comportamental), autoconhecimento e de regulação emocional pode ser uma possibilidade e o processo psicoterapêutico um caminho para novas aprendizagens, além de propostas profissionais dentro da saúde mental e outras modalidades de tratamento serem complementares visando uma qualidade de vida.

Espero ter contribuído para elucidações!

Um abraço afetuoso!

Psicóloga Andréia Rafael

CRP 06/130189

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