Relações abusivas

A temática relações abusivas é um dos assuntos mais disseminados na sociedade hoje em dia, evidenciados pela mídia televisiva, redes sociais e ambientes sociais, pelo fato de cada vez mais pessoas, em sua maioria mulheres sofrerem diariamente em relacionamentos com parceiros que emitem comportamentos abusivos.

Muitas das vezes o sentimento de medo, a dependência emocional e financeira, o sentimento de desvalorização diante de um ambiente hostil e violento, baixa autoestima, crença de não merecimento de um relacionamento saudável por acreditar em não ter atributos pessoais para possuí-lo, a influência de familiares, religião, entre outros fatores, contribuem para o mantenimento de um relação tóxica e abusiva em ambientes domésticos.

Sabemos que o relacionamento abusivo tem um ciclo divido em fases bem apresentáveis diante de uma relação.

Assim Carmo e Moura ( 2010) diz que o ciclo de relacionamento abusivo se dá por três fases: a fase de tensão ( em que podem começar as agressões psicológicas e verbais), a fase de explosão (em que se dão as agressões físicas e intercaladas as agressões psicológicas) e fases de lua de mel ou reconciliação (momento em que o agressor pede perdão a sua companheira por suas ações e geralmente a vítima do abuso acredita que ele está arrependido do que fez e mudará seus comportamentos agressivos), e assim reinicia o ciclo. Por sua vez, o ciclo é apresentado com diversas formas de violência, entre elas agressões verbais, físicas, emocionais, sexuais e financeiras.

Geralmente as agressões verbais e psicológicas, inicialmente ferem a autoestima da vítima e contribuem para um comportamento cada vez mais passivo, com pensamentos recorrentes de acreditar que nunca conseguirá alguém melhor do que o seu companheiro por se julgar inferior as outras pessoas, por acreditar não ter capacidade de sair daquela relação, por sentir medo das consequências violentas cada vez mais fortalecidas
contra si, seus filhos e família caso abandone a relação.

O sentimento de medo é muito evidente e há desconhecimento de redes de apoio na decisão de se desvencilhar desta relação.

Assim, mesmo sabendo que poderia recorrer as autoridades, denunciar o agressor e ter medida protetiva, há casos em que a vítima é totalmente dependente do agressor financeiramente, o qual mantinha seu sustento entre outras necessidades básicas. Desta forma por sua falta de autonomia profissional e receio de faltar-lhe recursos financeiros optam por continuar em uma relação abusiva.

Casos como estes é necessário um tratamento humanizado que contribua para o fortalecimento da autoestima destas mulheres as quais perderam a sua noção de autovalorização
diante do mundo.

Essas mulheres precisam ter um apoio emocional muito grande da família e pessoas próximas a elas, para conseguirem desvencilhar da relação abusiva e procurar ajuda das autoridades no caso de denúncias e medidas de proteção e tratamento psicológico por conta dos traumas
relacionados a vivencia em um ambiente tão violento e hostil.

Muitas dessas mulheres desenvolvem transtornos psíquicos como a Depressão, ansiedade intensa, transtorno do pânico, stress pós traumático entre outros, frutos de uma vivencia aversiva e pouca qualidade de vida do ponto de vida da saúde mental.

Portanto digo a estas mulheres que vivenciam relacionamento abusivo, não desistam de si mesmas, sugiro que  procurem maneiras de se cuidar e de sair deste estado cada vez mais desgastante do ponto de vista  emocional, físico e social, vocês merecem ser feliz e ter uma vida mais saudável e satisfatória.

Abraços

Psicóloga Andréia Rafael

CRP 06/130189 

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