Burnout: história e considerações importantes

Por: Canva

Conforme estudos, o termo “Burnout” foi utilizado pela primeira vez na década de 50 por Schwartz e Will em um estudo de caso, no qual foi descrito a história de uma enfermeira que tinha ficado desapontada com seu trabalho, assim como em 1960 por Graham Greene que relatou outro caso de um arquiteto que abandonou sua profissão devido a frustração com ele. (Maslach, Schaufeli, apud Carlotto, Câmara, 2008; Santos,2021)

Por sua vez, na década de 70 foi o momento em que o Burnout começou a ter maior visibilidade por conta de questões econômicas, sociais e históricas.

Muitos trabalhadores da época ao buscarem trabalho em locais muito distantes de sua cidade, criaram expectativas com o trabalho que não foram supridas e culminaram em frustração e a distância do lar favorecia o aparecimento do Burnout. (Carlotto, Câmara,2008; Santos, 2021)

Freudenber, médico psicanalista, descreveu o termo de Burnout como um sentimento de exaustão e cansaço devido ao desgaste de energia e a Psicóloga Maslach, Pin e Chernis foram os responsáveis por disseminar o termo Burnout como uma importante questão da sociedade, surgindo então o termo Síndrome de Burnout.(Calotto, Cãmara, 2008; Santos, 2021)

Segundo estudos, Freudenber foi o primeiro pesquisador a estudar o Burnout e que apontou, que desde o início da década de 80 as mulheres desenvolveram o Burnout mais rapidamente que os homens, pelo motivo de não estarem “atentas” as respostas fisiológicas e emocionais que sinalizavam a Síndrome, incluindo sensações de mal estar e cansaço, justamente porque  a vida de trabalho, cuidar do lar e dos filhos dessas mulheres faziam com que o nível de estress aumentasse consideravelmente até chegar ao nível de exaustão física e emocional. ( Freudenber apud Heinhold, 2004; Santos, 2021)

Assim, a Síndrome de Burnout é caracterizada por três componentes; exaustão emocional/física; perda de sentimento de realização no trabalho com redução de produtividade e despersonalização extrema manifestada por atitudes negativas diante das relações interpessoais no ambiente de trabalho. (Maslach apud Heinhold, 2004; Santos,2021)

Segundo pesquisas, as profissões mais suscetíveis ao “Burnout” são aquelas em que as pessoas precisam interagir com outras pessoas e no cuidar do outro, como: professores, médicos, fisioterapeutas, assistentes sociais, enfermeiros, etc. (Maslach apud Souza, Silva,2002; Santos, 2021)

Desta forma gostaria de propor reflexões!

 Como está os cuidados em saúde física e mental dos cuidadores e de quem trabalha a maior parte do tempo no atendimento a outras pessoas?

Como poderia ser possível mudanças nessa realidade, já que muita das vezes as demandas de trabalho nas empresas/organizações podem ultrapassar os limites dos cuidados em saúde mental?

Como podemos nos cuidar diante de tantas demandas de trabalho e atividades rotineiras?

Será que é possível delegar?

Promover mudanças efetivas?

E como está a saúde mental das mulheres,  já que pesquisas mostram que ao longo do tempo elas são demandadas a dar conta de “infinitas” atividades diariamente e muita das vezes exaustivas?

Lendo este conteúdo sobre a história do “Burnout” me surgiram várias inquietações e reflexões e decidi compartilhar com vocês!

Espero ter contribuído para elucidações sobre o tema!

Psicóloga Andréia Rafael

CRP 06/130189

Referência:

Santos. S. L. F. (2021). A Síndrome de Burnout sob uma perspectiva comportamental. Trabalho de conclusão de curso de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas/Unidade Educacional Palmeira dos índios.

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