A insegurança nos relacionamentos amorosos

 

Falar sobre segurança é algo complexo porque na vida nem sempre teremos ambientes 100% seguros, controláveis, na vida tudo pode ocorrer e não temos total controle sobre as situações.

Será que nos relacionamentos amorosos tudo acontece diferente?

Nós seres humanos desde os primórdios de nossa existência buscamos estar em segurança, é o colo dos pais ou cuidadores durante a infância, é a necessidade de estarmos seguros e pertencentes a um grupo e não sermos rejeitados por seus integrantes durante a adolescência, é o sentimento  de medo de sermos frustrados e abandonados por nossos pares quando temos um relacionamento amoroso na vida adulta, existe uma “autochecagem” de como anda a nossa relação amorososa e como ela se dá e muita das vezes esta “autochecagem” chega a ser nada saudável e torna-se uma obsessão na tentativa de controlar os comportamentos do outro da relação.

O sentimento de insegurança pode não estar ligado a uma ameaça real, como a exemplificar um dos pares do casal pode sentir receio de perder o afeto do outro, do parceiro ou da parceira da relação, esta crença se torna persistente e a pessoa passa a agir de forma a “tentar” evitar a todo o momento desagradar a pessoa amada, mesmo que discorde de seus comportamentos e opiniões na tentativa de evitar desavenças que possam contribuir ou não para um possível término de relacionamento.

Uma forma de agir como esta pode estar relacionada a experiências traumáticas e frustrantes do passado em interações amorosas, contribuindo para comportamentos e um agir na busca constante por um estado de segurança na relação e que é muito difícil existir simplesmente pelo fato de o agir humano ser mutável.

Embora uma das possibilidades e de forma hipotética para um agir inseguro possa ser o receio de novas experiências dolorosas relacionais é importante haver atenção em outros detalhes, se esta insegurança tem indício claro e pistas reais de que precisamos nos atentar ou não, nenhuma hipótese pode ser descartada, mas a maturidade emocional sobre a vida, o amor próprio, autoconhecimento  e uma autoestima adequada bem fortalecidos seriam fatores preponderantes para se obter uma vida mais saudável do ponto de vista emocional e principalmente em questões relacionadas em como lidar com questões do afeto do outro

( relacionamentos).

Questões importantes que poderiam ser feitas a si mesmas(os) em momentos em que nos sentimos inseguros no relacionamento poderiam ser: “em que momentos eu me sinto insegura (o)?, esta insegurança vem de pistas reais do comportamento do outro? O (a) parceiro(a) está agindo de certa maneira que me que leva a ter desconfianças? Ou vivo pensando nas experiências dolorosas do passado e a todo o momento tenho receio de acontecer o mesmo novamente, comparando com frequência a relação atual com a do passado?

(Para refletir)

É muito difícil sustentar uma relação em que uma das partes está sempre com receio de ser traída, enganada, rejeitada e com sentimento de medo de perder o afeto do outro sempre presente, como se o outro da relação fosse minha “parte” do “eu” e se esta parte não estivesse mais presente em minha vida, eu me sentiria muito inadequado (a) e perdido (a) em minha trajetória de ser vivente.

Proponho reflexões sobre estas questões!

Cada um de nós seres humanos temos uma história de vida e nela vem certa bagagem, boa ou ruim, porém esta bagagem é nossa história e comparar a nossa história com a história do outro é muito difícil, então cabe a nós em uma relação respeitarmos a singularidade do outro, sem abandonar a nossa e isso se dá pelo autoconhecimento, quanto mais me conheço eu sei o que eu almejo em uma relação, o que eu tolero ou o que eu não tolero.

Percebo que cobranças excessivas podem sufocar o outro da relação e a relação em si, tornando-se desgastante.

E cabe a nós decidirmos mudar ou não padrões comportamentais que contribuem para um ciclo de sofrimento na relação amorosa.

Relacionamento é para ser saudável, prazeroso, agregador e não para “vivermos em sofrimento” constante, o diálogo entre o casal é muito importante a rever alguns pontos que possam precisar de ajustes.

Cuide de sua relação, fale sobre seus sentimentos, “incômodos e inquietações” com o seu parceiro(a), questões de insegurança se resolve a dois, se for o seu caso não carregue esta angústia sozinho ou sozinha, compartilhem estas dificuldades e procurem resolver estas questões entre vocês ok?

Vocês podem sim ter um relacionamento mais agregador e genuíno, se vocês realmente se amam e se o amor é recíproco.

 A relação se dá nos detalhes e nas nuances, se vocês pretendem estar juntos um “reparozinho” na relação pode ser sempre bem-vindo!

Se for difícil posso te ajudar!

Psi Andréia Rafael

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